Convenção Republicana começa com segurança reforçada após atentado contra Trump
Neste domingo (14), Biden afirmou que forças de segurança seriam reforçadas no evento onde os republicanos nomearão formalmente Donald Trump como seu candidato.
O ex-presidente dos EUA ,Donald Trump, participa nesta segunda-feira da Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee , onde os republicanos o nomearão formalmente como seu candidato presidencial no final desta semana.
As autoridades locais reiteraram a confiança nos planos de segurança no domingo (14), quando delegados, ativistas e jornalistas começaram a chegar à cidade. Estima-se que 30 mil participem do evento.
“Levamos esse assunto muito, muito a sério. Levamos a segurança pública muito, muito a sério”, disse o prefeito de Milwaukee, Cavalier Johnson, no domingo (14).
Atentado contra Trump: houve falha no aparato de segurança?
O chefe de polícia Jeffrey Norman disse que a polícia estava “trabalhando 24 horas por dia” para estar pronta.
Neste domingo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também fez um breve pronunciamento na Casa Branca sobre o atentado contra Trump. No discurso, Biden disse que forças de segurança serão reforçadas em Wisconsin.
As áreas que serão utilizadas para a convenção estão protegidas pela polícia e pelo serviço secreto, com grandes barreiras metálicas nas ruas para restringir o trânsito.
“Estamos totalmente preparados e temos um plano de segurança integral. Estamos prontos para começar”, disse Audrey Gibson-Cicchino, agente especial assistente do Serviço Secreto.
‘Deveria estar morto’
“Eu não deveria estar aqui, deveria estar morto”, declarou Trump no domingo ao jornal The New York Post, que informou que o ex-presidente estava usando uma bandagem branca na orelha ferida.
Ele disse que se salvou por virar um pouco à direita para ler um gráfico sobre migração, razão pela qual o tiro o atingiu na orelha.
Trump felicitou o trabalho do serviço secreto, responsável pela segurança presidencial, e o atirador de elite que eliminou o agressor com um tiro “entre os olhos”.
Grande parte da convenção foi concebida à imagem de Trump, com seu slogan de campanha “Make America Great Again” e imagens do candidato, em uma demonstração de que ele está no controle.
O empresário designou pessoas de sua confiança para comandar o partido, incluindo sua nora Lara Trump como co-presidente do Comitê Nacional Republicano, afastando os dissidentes.
Depois da derrota para Biden nas eleições de 2020, Trump passou os últimos anos trabalhando para voltar ao poder, esmagando os rivais dentro do partido ou reunindo ex-adversários ao seu lado.
A ex-primeira-dama Melania Trump também estará na convenção, mas não há previsão de um discurso. Os grandes temas da reunião incluem o poder aquisitivo, a imigração, a criminalidade e a segurança do país.
Os favoritos na disputa para ser o companheiro de chapa de Trump devem discursar na convenção.
O ex-presidente parece inclinado por uma decisão entre dois senadores, J.D. Vance, de Ohio, o aparente favorito, e o cubano-americano Marco Rubio, da Flórida.
Outro nome na disputa é o governador da Dakota do Norte, Doug Burgum, que inicialmente concorreu contra Trump pela indicação presidencial, antes se alinhar ao empresário.
Independente de sua decisão, o senador democrata Michael Bennet admitiu na semana passada à imprensa que “Trump está no caminho para vencer as eleições, talvez por maioria esmagadora, e levar o Senado e a Câmara de Representantes”.
Protestos mantidos
Ativistas reunidos em Milwaukee para o início da Convenção Nacional Republicana dizem que a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump não afetará seus planos de longa data de se manifestar do lado de fora do local da convenção esta semana.
Uma gama diversificada de organizações e ativistas é esperada do lado de fora do evento. A maior manifestação esperada estava programada para começar na manhã de segunda-feira é composta em grande parte por grupos locais, que planejaram protestar pelo acesso aos direitos ao aborto, pelos direitos dos imigrantes e contra a guerra em Gaza, entre outras questões.
“O tiroteio não tem nada a ver conosco”, disse Omar Flores, um porta-voz da coalizão, falando sobre os tiros disparados contra Trump na noite de sábado durante um comício em Butler, Pensilvânia. “Continuaremos com a marcha conforme planejamos.”