O engenheiro Ricardo Chimirri Candia explica que a economia circular nas empresas é uma das abordagens mais inovadoras e necessárias para o desenvolvimento sustentável. Ela propõe uma ruptura com o modelo linear de produção — aquele baseado em extrair, produzir, usar e descartar — e busca criar um ciclo contínuo, em que os recursos são reaproveitados eficientemente.
No entanto, colocar essa filosofia em prática é um desafio complexo. Envolve mudanças culturais, estruturais e operacionais, exigindo um novo olhar sobre o consumo, a gestão de resíduos e o próprio papel das organizações na sociedade. Confira!
O que é a economia circular e por que ela é tão importante para as empresas?
A economia circular é um modelo econômico que visa eliminar o desperdício e maximizar o aproveitamento dos recursos disponíveis. Em vez de depender da extração constante de matérias-primas, ela propõe o reaproveitamento de produtos, materiais e energia por meio de reciclagem, remanufatura e design sustentável. Para as empresas, esse conceito representa uma oportunidade de inovar, reduzir custos e fortalecer sua imagem institucional perante um mercado cada vez mais consciente.

Adotar práticas circulares significa tornar os processos mais eficientes e resilientes, reduzindo a dependência de insumos escassos e minimizando impactos ambientais. De acordo com Ricardo Chimirri Candia, o sucesso da economia circular depende de uma mudança profunda na forma como as organizações pensam e operam. Não basta aplicar ações pontuais — é preciso reestruturar toda a cadeia produtiva.
Quais são os principais desafios para implementar a economia circular nas empresas?
Apesar dos benefícios evidentes, a implementação da economia circular nas empresas enfrenta obstáculos significativos. Entre os principais desafios, destacam-se:
- Mudança cultural: a transição exige uma nova mentalidade corporativa. Muitas empresas ainda veem a sustentabilidade como um custo, e não como um investimento estratégico.
- Infraestrutura insuficiente: a falta de sistemas de coleta seletiva, reciclagem e logística reversa limita o reaproveitamento de materiais em grande escala.
- Legislação e incentivos: em diversos países, as políticas públicas ainda não oferecem suporte suficiente para incentivar práticas circulares.
- Custos iniciais: adaptar processos produtivos e desenvolver novos modelos de negócios demanda investimento em pesquisa, tecnologia e capacitação.
- Engajamento da cadeia de valor: a circularidade só é possível quando fornecedores, distribuidores e consumidores estão comprometidos com o mesmo propósito.
Segundo Ricardo Chimirri Candia, esses fatores demonstram que a transição para a economia circular vai além de mudanças técnicas — trata-se de uma transformação estrutural que exige planejamento e colaboração.
Como a inovação tecnológica pode facilitar essa transição?
A tecnologia é uma aliada fundamental na implementação da economia circular nas empresas. Ferramentas digitais, automação e inteligência artificial permitem otimizar processos, rastrear materiais e melhorar o aproveitamento de recursos. Sistemas de gestão integrada ajudam a monitorar fluxos de produção e consumo, identificando pontos de desperdício. Já as plataformas de logística reversa possibilitam o retorno de produtos e embalagens ao ciclo produtivo, reduzindo o volume de resíduos descartados.
Além disso, o uso de Big Data e Internet das Coisas (IoT) oferece uma visão mais precisa do desempenho ambiental e econômico das empresas, auxiliando na tomada de decisões sustentáveis. O engenheiro Ricardo Chimirri Candia ressalta que a tecnologia, quando bem aplicada, torna a economia circular não apenas viável, mas também lucrativa.
A economia circular é o futuro das empresas sustentáveis
A economia circular nas empresas representa uma revolução silenciosa, porém poderosa, na forma de produzir e consumir. Implementá-la exige esforço, planejamento e mudança de mentalidade, mas os resultados são duradouros e transformadores. Inspirado pela visão técnica e sustentável do engenheiro Ricardo Chimirri Candia, o setor empresarial tem a oportunidade de liderar um novo modelo econômico — um modelo que une rentabilidade, ética e respeito ao planeta.
Autor: Sérgio Gusmão